quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Por uma noite inteira...num planeta distante

Às vezes o mundo parece ser tão azul, o mar e o céu às vezes se encontram, e quando tudo fica alaranjado no pôr do sol, continuam as cores mais lindas surgindo, o rosa, o vermelho, o azul escurecendo, mas são sempre belas cores, uma caixa de lápis pra colorir inteira em minha mente, lápis aquareláveis, daqueles que se faz o desenho, coloca um pouco de água e tranforma em arte, a chamadae famosa bagunça. A mais divertida das festas coloridas do mundo, em poder pintar o rosto, se olhar no espelho e sorrir feliz.
Mas na caixa também existe o lápis preto, o lápis cinza e o inútil lápis branco. Eles se misturam às vezes de tal forma, tão desprezíveis, fazendo um mundo dolorido e não dá pra desenhar em uma bela cor com o lápis branco, só se o papel for preto.
Preto e branco fica a vida, cinza...as cores desmoronam em minha cabeça e parece que o pôr do sol nunca mais vai existir. Que o céu se desencontrou do mar e o sol parou de brilhar. Anoiteceu mas não existem estrelas, não existe a lua, nem mesmo um poste aceso na rua.
Talvez se o mundo for pra fora dos cartazes coloridos, quando estes 3 lápis entram em cena, eu veria apenas neve e sentiria apenas frio. Lápis como punhais, cores que machucam, vida que às vezes trás palavras prum dia só, e todas as últimas palavras que foram ditas no último dia de sorriso, desaparecem.
Palavras que pessoas conseguem usar contra nós, como facadas dentro de um coração que começa a sangrar e dae surge o vermelho vivo. Mas este vermelho vivo não fica tão intenso mais, ele sai coagulado, saí morto. Cor de sangue pisado, endurecido, que não lembra coisas boas.
Palavras e atitudes podem mudar o mundo, as minhas podem mudar o meu mundo, mas nem sempre há força suficiente pra que as palavras dos outros não interfiram no que é meu.
Se algum dia eu visse um coração perdido por aí, eu tomaria cuidado, pegaria com carinho e cuidaria até achar o dono. Tem gente que pisa em cima ou simplesmente chuta.
Não vejo graça e nem beleza na arte feita sem cor e sem brilho, no fosco, no opaco, no tosco, no destrutivo, na força da correnteza contra braços cansados, numa noite sem luz, num dia de sol por trás de cortinas fechadas, nas bocas imundas com palavras derrotistas, nos olhos molhados de lágrimas, no cinza, no preto, no branco, no desencontro do mar com o céu, no desencontro das almas que deveriam ser unidas, no dedo na ferida, em tantas milhares de coisas que poderiam ser evitadas.
Quero o meu mundo de cores intensas, de vida. Quero me distanciar dos punhais. Quero poder continuar acreditando no mundo que eu vejo, no mundo que eu pinto...não me tragam a realidade em mãos, nem sempre ela presta...aliás, quase nunca!!!
Eu não pertenço a esse lugar redondo, azul e marrom...um mundo mesquinho e fétido. Meu mundo consegue ter várias formas e várias cores, ter vários cheiros, e nunca é ruím e nem insuportável viver nele.
Levem esse mundo de vocês pra lá....não me venham com palavras reais, obrigada, mas eu não as quero!!!
Embrulhem de presente com um laço bem bonito, vermelho, numa caixa branca....e engulam sozinhos, não me façam participar desse circo, tenho alergia a palhaços! Me deixem em paz!

Um comentário:

  1. Quero o meu mundo de cores intensas, de vida. Quero me distanciar dos punhais. Quero poder continuar acreditando no mundo que eu vejo, no mundo que eu pinto...não me tragam a realidade em mãos, nem sempre ela presta...aliás, quase nunca!!!

    Eu tb quero td isso...

    Amei...

    Mil bjs e te adoro

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